'Sem turma', Honda WR-V encara carros maiores e menores
Modelo é classificado como SUV, mas carrega inspiração visual, interior e conjunto mecânico de um monovolume.
Fosse o Honda WR-V um estudante, qual seria a sua turma na escola? Teria amigos maiores e mais velhos ou faria amizade com outros alunos menores?
A pergunta se aplica ao veículo, que não possui uma classificação muito clara quanto ao segmento que pertence. A "mãe" o trata como irmão caçula de HR-V e CR-V, mas ele herda plataforma, desenho lateral, conjunto mecânico e interior do Fit, um monovolume.
Por outro lado, possui suspensões do HR-V, um crossover, e ângulos de ataque e saída ligeiramente melhores (na comparação com o Fit) e altura para o solo elevada, além de uma série de penduricalhos que conferem estilo aventureiro.
Em tese, o WR-V tem em seu DNA caractertísticas mais fortes de monovolume, mas é classificado (pela Honda, pela Fenabrave e pelo mercado) como um SUV.
O G1 comparou o Honda com outros 3 modelos que possuem algum ponto de contato com o WR-V, e mostra as semelhanças e diferenças entre eles.
Antes que a caixa de comentários seja tomada de xingamentos, vale esclarecer que o Chevrolet não é um rival do WR-V.
O caso é que o Onix Activ é semelhante ao WR-V em sua concepção. Ambos nasceram tendo como base um modelo de categoria inferior. No caso do Chevrolet, ele nada mais é do que um Onix convencional com carroceria elevada em 3 cm e para-choques com ângulos de ataque e saída levemente melhorados.
Mas isso não quer dizer que ele seja preparado para encarar trilhas off-road – mesma situação do WR-V.
Curiosamente, Onix Activ e WR-V ficam próximos nas medidas. Enquanto o Honda possui 4 metros de comprimento e 2,56 m de entre-eixos, o Chevrolet é 4 cm mais curto e oferece 3 cm a menos no entre-eixos.
Este é o concorrente que tem a proposta mais parecida com o WR-V. Apesar de a ficha técnica do Citroën apontar 4,30 m de comprimento, desconsidere o estepe na traseira que o número cai para os reais 4,10 m – apenas 10 cm a mais do que o Honda.
Os dois apostam na versatilidade. Enquanto o Aircross tem um bom porta-malas de 403 litros, o WR-V tem o sistema de bancos rebatível do Fit, que elevar o encosto dos bancos traseiros, formando uma grande área para cargas.
Fora isso, ambos possuem um “corpinho” que lembra um monovolume, mas repleto de penduricalhos que sugerem vocação offroad – apliques plásticos e rack de teto estão entre os recursos mais comuns.
A dupla também conta com motores relativamente compactos. O Honda vai de 1.5 de 116 cavalos. Já o Citroën tem um 1.6 com 2 cv a mais. Na transmissão, há diferenças – o Aircross que concorre diretamente com o WR-V tem câmbio automático de 6 marchas, contra um CVT do rival.
Este confronto provavelmente é o mais forte entre os carros aqui listados. Isso porque eles dividem uma mesma faixa de preços – entre R$ 80 mil e R$ 85 mil e devem brigar pelos mesmos clientes. Até nas vendas os dois ficam próximos.
O Kicks é um pouco maior – são praticamente 30 cm a mais no comprimento (4,29 m contra 4,00 m) e 5 cm a mais no entre-eixos (2,61 m contra 2,56 m). O Nissan também leva vantagem no porta-malas, com capacidade para 432 litros – no WR-V são 363 litros.
A motorização, assim como no Aircross, é parecida. O 1.6 do Kicks desenvolve 114 cv, enquanto o 1.5 do WR-V rende 116 cv. Porém, mesmo sendo bem maior, o Kicks tem praticamente o mesmo peso: 1.142 kg do Nissan contra 1.130 kg do rival. Isso garante desempenho mais convincente.
O câmbio CVT da Nissan também confere melhor sensação ao dirigir do que o câmbio de mesma concepção do Honda. Fora isso, o acabamento do Kicks é melhor, assim como a lista de equipamentos.
Fonte: http://g1.globo.com/